Depois de quase dois anos de incertezas quanto ao reencontro e de relações travadas apenas nos ambientes virtuais, o retorno presencial das atividades pedagógicas de Graduação reuniu novamente a comunidade acadêmica, nos três campi da Uesb. Embora muitas das atividades tenham seguido por três semestres letivos, por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE), estudantes, professores e funcionários estão voltando a vivenciar a rotina da Universidade, desde a última segunda, 14.
Enquanto o ERE foi a alternativa discutida por alunos e professores e encontrada como saída para garantir a continuidade do ensino-aprendizagem, nas atividades administrativas, o trabalho remoto foi a estratégia para manter o funcionamento da Instituição. Mas, além do contexto de medos e inseguranças relacionados à pandemia de Covid-19, a ausência do convívio nos campi por tanto tempo serviu para consolidar a ansiedade para o retorno.
“As expectativas são as melhores possíveis”, conta Antônio Augusto, servidor lotado na Biblioteca Jorge Amado. “Já estamos com uma grande demanda e buscando oferecer um serviço de qualidade para a comunidade ‘uesbiana’”, complementa. Para ele, as medidas de biossegurança são fundamentais e nem mesmo a máscara esconde a satisfação em estar de volta. “Estamos vacinados e de portas abertas, com um sorriso no rosto!”, comemora o servidor.
Estar de volta – Seja para os alunos antigos da Instituição ou para os novos estudantes que iniciaram a vida acadêmica já no Ensino Remoto, o retorno presencial representa uma nova oportunidade. Mais de sete mil alunos estão matriculados nos cursos de Graduação da Uesb, para o atual período letivo 2021.1, que teve início de forma remota em dezembro passado.
O retorno para a ingressante em Pedagogia, Joselita Brito, soma ainda mais três décadas aos quase dois anos de pandemia. Após 32 anos de conclusão do Ensino Médio, a estudante começa a sua experiência no Ensino Superior nesse período marcante de retomada das atividades presenciais. “Eu não tenho nem palavras, é muita emoção. Quando entrei aqui me senti como se voltasse no primeiro dia de aula de uma criança com toda aquela expectativa. Pra mim, foi um sonho e eu vou até o final”, planeja a nova aluna da Uesb.
Para Arthur Pinheiro Júnior, estudante do 5º semestre de Engenharia de Alimentos, o retorno presencial está sendo um verdadeiro alívio, por conta das dificuldades em estudar dentro de casa. Na Universidade, ele sentiu a segurança para voltar. “Eu cheguei no campus e pude realmente perceber o Protocolo de Biossegurança. Está tendo álcool em gel; lugares para lavar as mãos, higienizar. Está como foi passado para a gente e espero que permaneça desse jeito”, pontua.
Coletividade – O professor do Departamento de Tecnologia Rural e Animal (DTRA), Sérgio Fernandes, lembra que para assegurar os cuidados, funcionários, professores e estudantes devem seguir à risca os protocolos. “Com muito cuidado, muita paciência e muito respeito um com o outro. O mais importante é o senso de coletividade que nós temos, devemos aguça-lo mais ainda para que a gente respeite cada um de nós”, defende.
O reitor da Uesb, professor Luiz Otávio de Magalhães, também destaca o crescimento coletivo. “O conhecimento é uma coisa dinâmica, exige uma relação entre os educandos. O estudante tem que conhecer os colegas, existe uma relação mais próxima entre estudantes e professores, existe uma circulação no ambiente físico de estudo, em laboratórios, em bibliotecas. Tudo isso é extremamente importante”, argumenta o reitor que conclui: “Ninguém se educa, se modifica, se transforma sozinho”.
Fonte: Ascom/UESB